AÇÕES DE VIVÊNCIA E FORMAÇÃO
A 13ª edição das Pequenas Sessões conta com 4 ações de vivência e formação que partem do som como matéria prima para o desenvolvimento de vivências em distintos campos de percepções sensíveis. As atividades surgem com o intuito de proporcionar e incentivar a exploração e experimentação criativa entre artistas e público.
Todas as ações de vivência e formação têm inscrições gratuitas e a classificação indicativa livre, contudo pessoas menores de 18 anos deverão estar acompanhadas de responsável, exceto para a ação Como a água nos ouve?
Conheça as atividades
O que pode ser um rio?
15 vagas abertas
Facilitador e Facilitadora:
Marco Scarassatti (SP/MG)
Claudia Holanda (PE/RJ)
Como a água nos ouve?
Vagas em aberto
Facilitador:
Ricardo Garcia
(OCEANO ATLÂNTICO)
Vibrar com tudo (Atividade)
10 vagas abertas
Facilitador:
Gustavo Torres (RJ/SP)
Interação Orgânica (som, corpo e espaço)
20 vagas abertas
Facilitadores:
Oscar Capucho (MG)
Gil Amâncio (MG)
ATIVIDADE
O QUE PODE SER UM RIO?
Agenda
Dias:
20, 21, 22 e 23 (oficina) | 24 (abertura da Instalação)
Hora:
14:00 às 17:00 (20, 21, 22 e 23) | 19:30 (24)
Onde:
Centro de Referência das Juventudes – CRJ
Rua Guaicurus, 50 – Centro
Belo Horizonte – MG
Ver mapa
Sala Didática (20, 21, 22 e 23) | Galeria Nath (24)
Número de Inscrições:
15 vagas
Formulário de Inscrição:
Clique aqui
Público:
Jovens a partir de 15 anos e pessoas adultas interessadas em arte, sonoridades e meio ambiente.
Materiais necessários:
Gravador de áudio digital portátil e/ou telefone celular para realizar gravações.
Quem:
_Marco Scarassatti (SP/MG)
_Claudia Holanda (PE/RJ)
A Oficina
Belo Horizonte possui mais de 150 km de rios invisíveis, canalizados e aprisionados dentro dos asfaltos das ruas da cidade. Esse modelo de metropolização das grandes cidades brasileiras passa pela ideia positivista de domínio da Natureza.
Nesse sentido, Belo Horizonte, desde seu planejamento como cidade que representa o Brasil República, tem sido um grande e negativo exemplo de como transformar as potências naturais e humanas (a se considerar a desapropriação dos moradores do antigo Arraial, Curral Del Rey, que deu origem à cidade) em prisioneiros do progresso urbano.
No caso dos rios pesa ainda sua relação com a exploração do garimpo e posteriormente a mineração, que transforma poesia, espiritualidade em veículo dos dejetos. Esses rios enclausurados, cujas clausuras são vistas em céu aberto, na forma de grades espalhadas pelas ruas da cidade, chamam a atenção pois ao nos aproximarmos dela, escutamos o canto desse ente, que sem o qual, nenhuma cidade se constituiria como tal.
A força e a potência desse canto evocam também lembranças, a memória dos tempos a população da cidade se banhava, pescava, contemplava aquele que para algumas das culturas indígenas africanas e das américas, é uma divindade. A complexidade dessas performances ou modos de co-existência que um rio pode ter, nos faz perguntar, o que pode ser um rio? Cremos que essa pergunta dá dimensão à complexidade dessa entidade e, ao mesmo tempo, a tragédia criminal que impõe a ele ser apenas uma coisa para a metrópole, um indesejável habitante que mal cheira e transborda provocando acidentes durante as cheias.
Ora, mas a revelia da propagação negativa dessa imagem e até não deixa de ser proposital esse discurso, pois ele justifica que esse rio seja “domado”, canalizado e sirva as casa da população como água para se beber, para se banhar, para se lavar e escoar os excrementos civilizatórios, retornando-os à versão deteriorada daquele que já foi seu principal morador.
A ideia dessa oficina é através de derivas de escuta e gravação reunir áudios que tragam à tona a complexidade do que possa ser um rio. Pode ser uma história, poesia, contemplação, reza, som, um som inclusive daquilo que o rio como recurso hídrico possibilita, banho, cozimento e fervura, diversão, chuva, enfim. A ideia é reunir durante a oficina áudios que serão utilizados numa instalação que complexifique a existência de um rio.
Instalação
A instalação seria feita a partir de caixas com grades, conectadas por tubos de PVC, em que cada em uma dessas caixas, seja colocada uma caixa de som e nela difundido os sons criados e montados na oficina. Isso de modo que o participante, espectador, ao se aproximar dessas grades/clausuras, possa escutar tudo aquilo que um rio pode ser e não somente aquele quase ruído branco que se escuta quando o mesmo se encontra canalizado dentro de uma manilha de concreto.
Marco Scarassatti (SP/MG)
Natural de Campinas (SP), é artista sonoro, improvisador e compositor, desenvolve pesquisa e construção de esculturas e instalações sonoras, além de gravações de campo. Foi coordenador do curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas, FIEI da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.
É professor e pesquisador na área de Composição Musical da Escola de Música da UFMG e autor do livro Walter Smetak, o alquimista dos sons (editora Perspectiva / SESC, 2008). Em 2013 realizou a instalação sonora RIO, em parceria com o artista plástico Fernando Ancil – exposição Escavar o Futuro, Belo Horizonte.
Foi artista comissionado pela rádio Kunstradio de Viena, para compor a obra Memória do Fogo, em 2015 e também artista comissionado para criar uma instalação sonora para a fachada do teatro Hellerau (Orixás Sonoros, 2016), durante o Festival Tonlagen, 2016. Participou do Festival MaerzMusik (2017), em Berlim, como consultor curatorial e performer na DAAD Art Gallery de Berlim. No final de 2016 foi artista residente no Chile, à convite do CEMLA e programa Ibermúsica.
Em 2017 participou na Documenta 14 (kassel-radio documenta), com as obras Rios enclausuros e Magnum Chaos. É o autor, junto com Julia Gerlach, dos textos presentes no livro / catálogo Inventions of Smetak-The Interfused Kingdoms of the Inventor, Sound Artist and Musician Walter Smetak (1913-84) Idealizou e co-dirigiu, com Luiz Pretti, o Filme-Partitura Anestesia (2021), inspirado na composição gráfica homônima de Walter Smetak, com estreia marcada para 05/08/2021, no festival Memórias na Música, da Akademie Der Kunst, em Berlim.
Artista convidado e comissionado pelo Festival CULTUREESCAPES 2021 Amazonia, a criar a instalação MataBio, durante os meses de agosto à outubro. A instalação foi exposta no Theatre Chur e no Museu Tinguely, em Basel. Participou da 34°Bienal de São Paulo 2021, ao lado de Mbé.
Possui diversos álbuns lançados, entre eles Novelo Elétrico (Creative Sources Recordings, 2014), Rios Enclausuros (Seminal Records, 2015), Amoa hi, com Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues e Nuno Torres (CSR, 2016), Casa Acústica, fragmentos de uma improvisação diária (CSR, 2017), Hackearragacocho (QTV, 2018) e Psychogeography: na improvisational derive, com Otomo Yoshihide, Antonio Panda Gianfratti e Paulo Hartmann (Nottwo, 2019), Cuatro Cronicas acerca de la ciudad y la ancestralidade (Buh records, 2019), Crônicas Sonoras de Cabo Verde (La Petite Chambre / Autogenenis, 2019), Mojubá Exu (Sirr-ecords, 2020), Caraguatá / Moxotó, com Thelmo Cristovam (tsss tapes, 2020), Disputa e Guerra no Terreiro de Roça de Casa de Avó, com Marina Cyrino, Matthias Koole e Henrique Iwao (Oem Records, 2020), Zero Out, com Abdul Moimeme (Oem Records, 2021), Diário de Gravação (Seminal Records, 2022), Ni yuxibū xinã rewe, com Ibã Sales Huni Kuin (Sirr-ecords, 2023).
Artista residente e curador das 15ª e 16ª temporadas do projeto QI – Quartas de Improviso, em Belo Horizonte – MG, 2022 e 2023 Compôs a música original para os longa-metragens: Homem-peixe, de Clarisse Alvarenga, 2017; Praia Formosa, de Julia de Silveira, com estreia prevista para 2023, Série para o Canal Brasil, Resíduos, de Marília Rocha, 2023.
Claudia Holanda (PE/RJ)
Trajetória interdisciplinar no campo da música, comunicação e arte sonora. Cantora, compositora e jornalista.
Claudia é graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Mestra e Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/Coppe, com período de doutorado sanduíche – bolsista CAPES – no Sonic Arts Research Centre (SARC) da Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte, onde morou por nove meses.
Trajetória profissional interdisciplinar, com especial interesse nos campos da comunicação, produção cultural, paisagem sonora, música e sociedade, som e tecnologia, tendo apresentado trabalhos práticos e teóricos com regularidade, seja como autora de publicações em períodicos e congressos, ou como integrante de bancas na área da cultura, além da atuação como artista sonora e da música. Como diria Ricardo Basbaum, é um modo de operar do “artista-etc” (2013). Basbaum define o artista-etc como aquele que questiona a natureza e a função do seu papel como artista, de modo que surgem várias categorias: artista-curador, artista-pesquisador, artista-professor, artista-químico, e por aí vai. E como o autor, também amo o artista-etc, “talvez por que me considere um deles” (BASBAUM, 2013, pg. 168).
Tem dois discos lançados: No meio do sol e Vertigem, o mais recente, lançado em 2021, ambos com composições próprias e parcerias.
No campo da arte sonora, apresentou as caminhadas sonoras site specific (Cinema para os Ouvidos e a Cidade ao Redor) no Festival Marco Zero, em Brasíia, e produziu o mapa sonoro da região portuária do Rio de Janeiro Sons do Porto (www.sonsdoporto.com), como parte da pesquisa Escutando a Cidade. A pesquisa ganhou a Chancela Ação Local da prefeitura do Rio de Janeiro em 2015.
Trabalha também como roteirista e editora de som e conteúdo para podcasts, tendo produzido trabalhos para a Radio Novelo e a produtora Delikatessen. Alguns dos podcasts que participou ficaram na lista dos mais ouvidos da Deezer e Spotify, como Foro de Teresina; Novo Normal, 451Mhz e Revoar, em parceria com o LAUT (Centro de Análise do Autoritarismo e Liberdade).
Foi professora visitante dos cursos “Narrativas interativas” e “Música, sonoridades e escuta”, na Universidade Veiga de Almeida. Atua também como analista de projetos culturais, especialmente na linguagem de música, em diversas instituições e editais do país. Claudia também participa do grupo Laço de Fita, que desenvolve um trabalho de pesquisa da música brasileira, especialmente a sonoridade nordestina. Atua como jornalista, editora e criadora de podcasts, com produção textual sobre som, mídias digitais e paisagem sonora.
Centro de Referência das Juventudes
O Centro de Referência das Juventudes (CRJ) é gerido pela Prefeitura de Belo Horizonte e vinculado à Subsecretaria de Direitos e Cidadania (SUDC), uma das três subsecretarias que compõem a Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC). Sua história é de construção com e para as juventudes, sendo um referencial para este público no município.
Por meio da ocupação juvenil, o CRJ busca garantir a livre expressão das diversas manifestações artísticas e das periferias, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. Assim, o espaço busca o diálogo, a participação e a troca de experiências entre indivíduos, coletivos e instituições culturais que promovem ações e projetos para fortalecer o exercício da cidadania, em especial jovens que trabalham com as juventudes.
Além do amplo espaço e estrutura, a localização do CRJ é de fácil acesso por metrô ou ônibus. Todos os espaços podem ser ocupados por atividades desenvolvidas com e para jovens, mediante agendamentos.
ATIVIDADE
COMO A ÁGUA NOS OUVE?
Agenda
Dias:
20 e 21 de novembro
Hora:
09:00 às 12:00
Onde:
Vídeoconferência via Zoom
Número de Inscrições:
Indefinido. poderão ser feitas antecipadas no site do festival ou nos próprios dias de oficina no site do festival através do email pequenassessoes@gmail.com
Formulário de Inscrição:
Clique aqui
Público:
Jovens a partir de 15 anos e adultos interessados em arte, sonoridades e meio ambiente.
Materiais necessários:
Celular, tablet ou computador com o aplicativo Zoom instalado, fone de ouvido, papel e canetas ou lápis coloridos.
Quem:
_Ricardo Garcia (OCEANO ATLÂNTICO)
Investigação sonora a bordo
As interferências sonoras advindas do projeto civilizatório em ambientes naturais, fauna e flora têm produzido mudanças nos habitats onde se encontram diversos animais e plantas.
Considerando a temática – água – proposta pelo festival, essa ação, a partir da escuta, tem o objetivo de perceber e analisar parte das interferências provocadas no habitat aquático/marinho, tomando como licença poética a seguinte pergunta: “como a água nos ouve?”.
Um convite realizado para o público no intuito de provocar um deslocamento afetivo e empático ao produzir reflexões sensíveis sobre a poluição [sonora] oceânica. Um microfone hidrófono será colocado em dois habitats marinhos distintos, para que o público possa perceber e escutar as possíveis intervenções sonoras provocadas pela ação humana nesses contextos.
O primeiro ponto a ser escutado está próximo ao cais de pesca e de turismo da cidade de Paraty, local de grande fluxo diário de embarcações de pesca e turismo. O segundo ponto a ser analisado está localizado próximo a praia do Bom Jardim, em Paraty. A Baía considerada mais reservada, está distante do canal de entrada e saída das embarcações.
A oficina propõe ao um exercício de escuta de 30 minutos em cada habitat, no qual participantes irão ouvir através de uma transmissão online, silêncios, sons naturais e os ruídos provocados por ações humanas.
Na sequência o público será convidado a criar 2 gráficos que serão compartilhados coletivamente no intuito de debater as percepções acerca de cada ambiente sonoro proposto.
Os sons dessa oficina serão captados a bordo do estudiofitacrepe flutuante, um veleiro clássico de madeira onde atualmente Ricardo vive e realiza suas investigações sonoras.
Ricardo Garcia (OCEANO PACÍFICO)
Ricardo Garcia desenvolve sua pesquisa em arte sonora e artes cênicas. Foi coordenador e curador do estudiofitacrepeSP – ateliê de som e movimento – em parceria com a diretora e performer Kenia Dias entre 2014 e 2020.
Foi criador e curador do Festival Bigorna- Música Experimental em São Paulo- 2016 e do Festival de Performance em Belo Horizonte- 2011e 2012; trabalha como diretor de arte e compositor de trilhas sonoras em diálogo com a dança, o teatro e a performance.
Seu trabalho musical fica nas fronteiras da música experimental, eletroacústica e arte sonora. Atualmente mora embarcado no estúdiofitacrepe-flutuante (Henriette), um veleiro clássico de madeira de 1965, nos mares do Atlântico.
ATIVIDADE
VIBRAR COM TUDO
ATIVIDADE DE ESTÉTICA VIBRACIONAL
Agenda
Dias:
20 e 21 de novembro
Hora:
08:00 às 11:00 & 18:00 às 20:30 (20) | 13:30 às 16:30 (21)
Onde:
Escola Estadual Francisco Sales
Rua dos Guajajaras, 1887
Barro Preto, Belo Horizonte
Ver mapa
Número de Inscrições:
Corpo discente da Escola Estadual Francisco Sales + 10 vagas abertas para público geral que queira acompanhar a vivência.
Formulário de Inscrição:
Clique aqui
Público:
Infâncias, Jovens e pessoas adultas interessadas na temática.
Materiais necessários:
Caso queira, poderá levar algum objeto vibrátil que encontrar em casa.
Quem:
_Gustavo Torres (RJ/SP)
Aqui há acompanhamento de profissional Intérprete de Libras
A Oficina
Partindo de objetos simples, presentes no cotidiano dos estudantes da Escola Estadual Francisco Sales, instituto dedicado à educação de pessoas surdas, a atividade busca apreender e explorar a maneira como sentimos a vibração das coisas com as quais convivemos.
Serão propostos exercícios individuais e coletivos com o intuito de estimular a experimentação física e a interação com as propriedades vibracionais de objetos e materiais diversos que, apesar de sua trivialidade, se conservam pouco explorados quanto às suas possibilidades sensoriais.
A partid desta proposição, nos interessa incentivar a construção de experiências estéticas para além das categorias restritivas das artes e dos imperativos ouvinte e vidente.
Gustavo Torres (RJ/SP)
Artista visual e sonoro, Gustavo Torres vive e trabalha no Rio de Janeiro. Estudou na Eav/ Parque Lage, é bacharel em cinema e mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ. Habitando os extremos, suas obras frequentemente apresentam o esvaziamento ou a saturação, revelando um grande interesse pela noção de experiência estética, suas condições, efeitos e relação com a institucionalidade da Arte.
Tendo passado pelo Cinema, ativo desde cedo no cenário punk e em movimentações políticas autônomas, e sendo surdo, talvez Gustavo utilize sua produção para enfrentar seus próprios fantasmas referentes à imagem, ao som, ao espetáculo e à política, através de elaborações baseadas em impotência, incapacidade e impossibilidade.
Vem cada vez mais se ocupando da ideia de progresso, com os fracassos da modernidade, crise e colapso do capitalismo, o que se encontra refletido em sua produção mais recente. Participou das residências da Pivô, FAAP, Saco Azul (Porto), RedBull Station, Atelie 397 e em 2018 foi indicado aos prêmios PIPA e BRAVO! de Cultura.
Já expôs e se apresentou em lugares como CCSP, CAC Vilnius, Instituto Iberê Camargo, Maus Hábitos (Porto), MAC Paraná, Centro Cultural Banco do Nordeste, Casa França Brasil, Oi Futuro, Parque Lage e em galerias como Vermelho, Cavalo, A Gentil Carioca, Anita Schwartz, Athena, Bolsa de Arte, entre outros.
Escola Estadual Francisco Sales
Escola Estadual Francisco Sales – Instituto de Deficiência da Sala e da Audição é uma escola técnica em Belo Horizonte/MG, no bairro Barro Preto que iniciou em 1983. O Instituto é referência em Minas Gerais na formação escolar para pessoas surdas.
ATIVIDADE
INTERAÇÃO ORGÂNICA
RELAÇÕES ENTRE SOM, CORPO E ESPAÇO
Agenda
Dias:
20, 21 e 22 de novembro
Hora:
14:00 às 18:00 (20 e 21) e 14:00 às 20:30 (22)
Onde:
Centro de Referência das Juventudes – CRJ
Rua Guaicurus, 50 – Centro
Belo Horizonte – MG
Ver mapa
Sala das Artes (20, 21, e 22)
Número de Inscrições:
20 vagas abertas para público geral que queira acompanhar a vivência.
Formulário de Inscrição:
Clique aqui
Materiais necessários:
Objetos sonoros.
Quem:
_Oscar Capucho (MG)
_Gil Amâncio (MG)
A Oficina
Investigando as relações entre som, corpo e espaço, a atividade abre caminhos que buscam ressignificar o sentido da presença e escuta.
Sob uma abordagem prática e sensível a oficina trabalhará a construção de narrativas a partir do som, movimento e palavra, levando em consideração suas ressonâncias no espaço físico que os abriga.
Ao fim de todos os encontros o público sob a direção de Oscar Capucho e Gil Amâncio apresentarão as performances experimentais resultantes dos exercícios propostos ao longo da oficina.
O último encontro será aberto para pessoas interessadas em conhecer e conversar sobre o processo da oficina.
Programação
20 de novembro 2023
Introdução e Exploração Inicial
_Apresentação do projeto e participantes
_Exercícios de interação entre som, corpo e espaço
21 de novembro 2023
Corpos em Sintonia
_Explorar as possibilidades das relações entre corpo, palavra, som e movimento.
22 de novembro 2023
Composições Colaborativas
_Trabalho em grupo para compor uma narrativa coletiva
_Apresentação das criações desenvolvidas durante o projeto
_Debate sobre o processo e as aprendizagens adquiridas
Oscar Capucho (MG)
Oscar Capucho é natural de Vespasiano (MG), artista homenagem e reconhecido pela cidade pela relevância do seu trabalho artístico e representatividade como pessoa com deficiência.
Artista formado em teatro pela UFMG, iniciou sua carreira atuando e, já com experiência, recebeu convites para dirigir trabalhos teatrais. Um curioso pesquisador do movimento, sempre se inspirou na dança, a qual lhe proporcionou diversas experiências com importantes artistas e uma relevante participação na cerimônia de abertura das Paraolimpíadas Rio-2016.
Hoje, componente da cia. Ananda, compartilha sua pesquisa ministrando workshops e residências artísticas pelo Brasil e Europa. Oscar Capucho possui seu currículo com inúmeros trabalhos, com participações com grandes nomes do meio cultural como Ana Maria Fernandes, Fernando limoeiro, Paula Wenke, Cassia Abranches, Tuca pinheiro entre outros.
Além de se aventurar pelos palcos do mundo, Capucho tem como hobby o atletismo. Já considerado maratonista, ele dança por pistas, estradas e trilhas, corredor pela equipe blanka PCD run, capucho se desafia a cada dia fazendo de seu hobby um diferencial, paras alimentar sua resistência e percepção enquanto artista e arte educador.
Cego desde os 9 anos, devido um alto grau de miopia, capucho é um grande conhecedor da escrita braille, fazendo disso um ganha pão, trabalhando na empresa Montreal informática de TI revisando documentos em braille.
Gil Amâncio (MG)
Doutor por Notório saber pela UFMG. Natural de Belo Horizonte, artista multimídia conta com um percurso singular, tendo iniciado sua carreira artística em 1976 como ator e músico, estudou dança e começou a trabalhar como preparador corporal para espetáculos de teatro e a compor trilhas sonoras para espetáculos. Sua paixão pela dança e a música o levou em 1997 a criar junto com Rui Moreira e Guda a Cia SeráQue?
Faz parte do Coletivo Black Horizonte onde desenvolve projetos de dança negra contemporânea. É coordenador do Ciberterreiro em que investiga as relações entre corpografia e musicalidade nas danças negras contemporâneas e ouso das tecnologias digitais de áudio e imagem nos processos de composição coreográficos.
É um dos idealizadores do FAN (Festival de Arte Negra) em 1995, considerado um dos eventos mais importantes sobre produção artística de cultura negra fora do continente africano.
Centro de Referência das Juventudes
O Centro de Referência das Juventudes (CRJ) é gerido pela Prefeitura de Belo Horizonte e vinculado à Subsecretaria de Direitos e Cidadania (SUDC), uma das três subsecretarias que compõem a Secretaria Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania (SMASAC). Sua história é de construção com e para as juventudes, sendo um referencial para este público no município.
Por meio da ocupação juvenil, o CRJ busca garantir a livre expressão das diversas manifestações artísticas e das periferias, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. Assim, o espaço busca o diálogo, a participação e a troca de experiências entre indivíduos, coletivos e instituições culturais que promovem ações e projetos para fortalecer o exercício da cidadania, em especial jovens que trabalham com as juventudes.
Além do amplo espaço e estrutura, a localização do CRJ é de fácil acesso por metrô ou ônibus. Todos os espaços podem ser ocupados por atividades desenvolvidas com e para jovens, mediante agendamentos.