WEBINÁRIO
O webinário é um momento dedicado ao debate que surge no intuito de levantar questões emergenciais no campo da temática curatorial, o som e água enquanto vida, tratar da acessibilidade no universo das artes e adentrar no território da música e artes experimentais.
É um espaço que busca produzir conhecimento a partir do compartilhamento de vivências, contextos sociais, culturais e criativos. Todas as mesas serão acompanhadas de interpretação Português <> Libras modalidade remota sendo transmitidos no formato de live streaming site oficial e Youtube das Pequenas Sessões.
Onde. Transmissão via streaming através do site www.pequenassessoes.net e canal de Youtube Acesse o canal
Quando. 20/11/2023, 21/11/2023, 23/11/2023 e 24/11/2023 sempre a partir das 19:30
Acesso Gratuito
Todos os painéis terão interpretação em Libras
Conheça as atividades
WEBINÁRIO
O SOM E A ÁGUA ENQUANTO VIDA
Ao Vivo
Agenda
Dia:
20 de novembro (segunda-feira)
Hora:
19:30 até 21:30
Ementa:
Uma reflexão sobre as águas enquanto um bem natural e o som enquanto um bem cultural a partir da perspectiva de uma das maiores lideranças indígenas no Brasil, Cacique Babau.
A temática curatorial desta edição impulsiona um pensamento sobre esses elementos essenciais, nossas relações, vínculos e as possíveis ressonâncias provocadas no horizonte da vida. Um convite para todas as pessoas que desejam formular questões que ajudem a imaginar futuros possíveis.
Quem:
_Cacique Babau
Mediação:
_Daniel Nunes (MG)
Cacique Babau
Foto: Acervo Pessoal
Rosivaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como Cacique Babau, da aldeia Serra do Padeiro, localizada na Terra Indígena Tupinambá de Olivença (sul do Estado da Bahia), representa um dos maiores nomes de lideranças indígenas que têm um papel de destaque a nível nacional e internacional pela sua atuação na denúncia das violações de direitos indígenas.
Está inserido no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos (SDH/PR) por ter sido preso quatro vezes ilegalmente e sofrer constantes ameaças de morte. Recebeu a Comanda Dois de Julho (ALBA), a medalha Chico Mendes de Resistência bem como o título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), títulos que reconhecem o engajamento e a atuação do cacique Babau na luta pelo reconhecimento e pela garantia dos direitos indígenas mas também como defensor dos direitos humanos de forma geral, destacando-se na luta antirracista, na luta pela autonomia, autossuficiência e bem viver dos povos e comunidades tradicionais no Brasil.
WEBINÁRIO
ACESSIBILIDADE
PARA DENTRO DAS ARTES
Ao Vivo
Agenda
Dia:
21 de novembro (terça-feira)
Hora:
19:30 até 21:30
Ementa:
Um encontro que adentra na poética das artistas partindo dos elos que as reúne na 13ª edição das Pequenas Sessões – o corpo e o gesto – enquanto potências de expressar, artes. Sob um sentido Yanna Porcino (com)partilha sua investigação de poesia artística de Libras. Sob a outra perspectiva Renata Mara com(partilha) sua pesquisa no campo das Artes Cênicas e Dança. O interstício? A acessibilidade.
Quem:
_Yanna Porcino
_Renata Mara
Mediação:
_Daniel Nunes (MG)
Yanna Porcino
Foto: Autoretrato/Yanna Porcino
Yanna é uma artista surda, preta e LGBTQIAP+ dedicada à cultura surda e à defesa dos direitos humanos. Graduada em Letras Libras pela UFPE, ela atua como professora, tradutora e consultora de Libras, promovendo inclusão e acessibilidade.
Em 2021, participou do curso de Liderança Internacional para Surdos Frontrunners e é voluntária na CNJS (Coordenadoria Nacional de Jovem Surdo). Yanna também se destaca pela sua participação na peça “CADUCA”, uma produção bilíngue da Grão Arte e Cidadania em São Paulo. Sua atuação como atriz surda nessa peça traz representatividade e visibilidade para a comunidade surda, promovendo a diversidade no cenário artístico.
Além disso, ela é criadora do Instagram “Meus Sinais Expressam”, onde compartilha poemas visuais e movimentos sociais da comunidade surda, visando conscientização e conhecimento.
Yanna enfrenta desafios com determinação, buscando crescimento pessoal e artístico. Sua dedicação em debater e defender os direitos humanos da comunidade surda a torna uma voz poderosa em prol da igualdade e valorização da cultura surda.
Renata Mara
Foto: Renata Mara
Renata Mara é mineira, artista de dança, docente e pesquisadora praticamente cega. Suas criações atuais integram corpo, música, imagem, poesia e cena. Interessada no fazer artístico por e para todos, é professora certificada do método DanceAbility, sendo referência nacional em práticas e estudos em arte, educação, inclusão e acessibilidade.
Artista contemplada por vários prêmios e editais tais como Entre arte e acesso – Itaú Cultural (2022 e 2023), FUNARTE Acessibilidança (2020), Lei Aldir Blanc (2020), LMIC da Prefeitura de Belo Horizonte (2017 e 2010).
Atuando no espaço cênico e acadêmico, é doutora em Teatro pela UDESC, mestra em Artes pela EBA UFMG, pós-graduada em Arte Educação e Cultura pela Escola Guignard UEMG e graduada em Psicologia pela PUC Minas.
Já criou e dirigiu diversos trabalhos artísticos, tendo se apresentado em muitos estados do país. Recentemente estreou dois espetáculos no Festival Acessa BH e integrou o elenco de dois curta metragens. Tem como destaque de sua produção artística a participação na cerimônia de abertura das Paralimpíadas Rio 2016.
Como docente, ministrou aulas de dança em escolas, ONGS e foi professora substituta de expressão corporal no curso de Artes Cênicas da UFOP (2013 -2015). Atualmente ministra cursos e oficinas em eventos, festivais e seminários por todo Brasil.
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SELOS MUSICAIS NO BRASIL
EDIÇÃO 2
Ao Vivo
Agenda
Dia:
23 de novembro (quinta-feira)
Hora:
19:30 até 21:30
Ementa:
Um debate sobre como é gerir uma pequena gravadora de música dentro e fora do Brasil.
Quem:
_Ramon Alves_Desmanche Selo (RO)
_Natália Francischini_Música Insólita (RJ/SP)
_Luciano Valério_Desmonta (SP)
_Marta Karrer _PWR Records (RS)
_Julio Pattio_Autogenesis (BR/GE)
Mediação:
_Daniel Nunes (MG)
Luciano Valério – Desmonta (SP)
Foto: Caroline Bittencourt
Como co-fundador do selo Desmonta, Luciano Valério tem sido uma das figuras na cena underground do Brasil por quase duas décadas. Valério tem organizado shows pelo Brasil e América do Sul, para artistas que já passaram ou que tem algum lançamento pela Desmonta, como M.Takara & Carla Boregas, Metá Metá, Kiko Dinucci, Psilosamples, HAB, seu projeto autoral intitulado MNTH e artistas internacionais desde Lee Ranaldo e Steve Shelley do Sonic Youth, The Ex, Jozef Van Wissen, Sthephen o Malley, Daniel Higgs de Lungfish e Joe Lally do Fugazi, Archie Shepp, Orchestre Poly-Rythmo de Cotonou, Thavius Beck, entre outros.
Como músico tem sido citado em alguns canais especializados como Music Is My Sanctuary em uma “mistura eriçada de dub techno, jazz, percussão afro-brasileira e punk, saindo do underground de São Paulo”, seus discos também foram citados no Bandcamp Weekly, BBC Radio 3’s Late Junction, Rádio Primavera Sound.
Marta Karrer – PWR Records (RS)
Foto: Frances Rocha
Marta Karrer é produtora executiva, lidera a PWR records e atua como empresária de artistas musicais. Jornalista formada pela UFRGS, já criou conteúdo para Ludmilla, Deezer, Warner Music, Thaeme & Thiago, HBO Max e colaborou diversas vezes com a Revista Noize.
Sobre a PWR: É uma plataforma de desenvolvimento e gestão de carreiras dentro do ecossistema da música com ênfase na potencialização de minorias de gênero. Atua como agência, selo e produtora, mas mais que isso: somos um laboratório de criação com impacto social.
Acredita na criatividade como força potencializadora, na transparência, no pensamento crítico e nas atitudes concretas para promover a autonomia de mais mulheres na música.
Julio Pattio – Autogenesis (BR/GE)
Foto: Acervo Pessoal
Julio Pattio é brasileiro, nascido entre ditaduras apoiadas pelo Ocidente e a globalização. Ainda jovem trocou o seu país pela Europa esperando juntar-se à Modernidade de que ele tanto havia ouvido falar. Mal sabia ele que tanto seu corpo quanto seu intelecto seriam marcados desde o início como incompletos.
Assim mesmo, concluiu um doutorado em filosofia pelo Centro de Estudos Superiores do Renascimento (CESR – Tours), tendo como enfoque racionalidade e linguagem na Europa Ocidental durante os séculos 15 e 16. Hoje, interessa-se sobretudo pelas tensões entre teoria e biografia enquanto instrumentos para 500 anos de dominação Ocidental, mas igualmente pela relação entra música experimental, identidades culturais e imperialismo. Ainda sonha em voltar para casa.
Natália Francischini – Música Insólita (RJ/SP)
Foto: Régis Bezerra
Natália Francischini é musicista, artista visual e produtora independente. É uma das articuladoras do selo e Festival Música Insólita, voltado para a produção e divulgação de música experimental brasileira.
Desde 2020 é membro do coletivo Frestas Telúricas, atuando como produtora e curadora do festival homônimo. Tanto pelo Música Insólita quanto pelo Frestas Telúricas, produziu e coordenou diversos lançamentos fonográficos, como o projeto “Darkroom” (Proac-RO/2022) e o “Iminências” (2023), focado em artistas mulheres, trans e pessoas não-binárias.
Em seu trabalho artístico, transita entre a música e as artes visuais por meio do som e da performance. Como improvisadora musical, pesquisa a guitarra elétrica preparada e as possíveis relações entre seu corpo, o instrumento e objetos comuns.
Participou de importantes eventos e festivais como o Festival RUIDO (ARG, 2023), Festival Cidade (2022), Improfest (2021), Ciclo Ruído (ARG/EUA, 2021), Festival Música Insólita (2020; 2019), Festival Novas Frequências (2020), Sesc Jazz (2019), Festival CHIII de Música Criativa (2021; 2019) e Festival Internacional de Música Experimental (2016).
Atualmente está trabalhando no primeiro disco de seu projeto solo Teratosphonia.
Ramon Alves – Desmanche Selo (RO)
Foto: Autoretrato/Ramon Alves
Ramon Alves é músico na banda Tuer Lapin (2013-) e nos projetos ehoro (2016-) e Lujes (2020-); Fundador do Selo Fonográfico Desmanche (2017-); Participa da Co-produção e Curadoria do Coletivo Frestas Telúricas (2020-). Principais eventos como Produtor: Festival Desmanche (2017); Atuou como Diretor no Filme Documentário Chac (2015).
Coordenou a Ocupação Sonora Chac (2015), que ocorreu no Palácio da Memória Rondoniense, no qual cinco artistas se apresentaram simultaneamente naquele espaço, proporcionando uma experiência imersiva ao público presente, conforme transitava pelas dependências do espaço.
Produziu a gravação do disco “Eu Vivo Por Tudo Aquilo Que Eu Não Posso Ser”, do projeto portovelhense “MRAR” (2017), bem como assinou a Produção Executiva do disco “Liquefeito”, do projeto “How Near” (2017), lançado em Outubro de 2017 no Teatro Um do SESC Esplanada. Produziu e compôs, junto com a banda Tuer Lapin, a trilha sonora para o curta metragem “Banho de Cavalo” em 2017.
Coordenou e executou a Turnê “Giro Morte” com a banda Tuer Lapin em 2018, a qual passou por 9 estados brasileiros em 12 apresentações, incluindo uma apresentação no Projeto Instrumental SESC Brasil, no Teatro Anchieta (SESC Consolação), em São Paulo. Produziu e coordenou os projetos culturais relacionados à coletânea e série de videoensaios “Ambiente Desterritório 2017-2020” (2021) e ao disco “Darkroom” (2022), em conjunto com o Coletivo Frestas Telúricas.
WEBINÁRIO
O QUE PODE SER UM RIO?
Ao Vivo
Agenda
Debate
Belo Horizonte possui mais de 150 km de rios invisíveis, canalizados e aprisionados dentro dos asfaltos das ruas da cidade. Esse modelo de metropolização das grandes cidades brasileiras passa pela ideia positivista de domínio da Natureza.
Nesse sentido, a capital mineira, desde seu planejamento como cidade que representa o Brasil República, tem sido um grande e negativo exemplo de como transformar as potências naturais e humanas (a se considerar a desapropriação dos moradores do antigo Arraial, Curral Del Rey, que deu origem à cidade) em prisioneiros do progresso urbano. No caso dos rios pesa ainda sua relação com a exploração do garimpo e posteriormente a mineração, que transforma poesia, espiritualidade em veículo dos dejetos.
Esses rios enclausurados, cujas clausuras são vistas em céu aberto, na forma de grades espalhadas pelas ruas da cidade, chamam a atenção pois ao nos aproximarmos dela, escutamos o canto desse ente, que sem o qual, nenhuma cidade se constituiria como tal.
A força e a potência desse canto evocam também lembranças, a memória dos tempos a população da cidade se banhava, pescava, contemplava aquele que para algumas das culturas indígenas africanas e das américas, é uma divindade. A complexidade dessas performances ou modos de co-existência que um rio pode ter, nos faz perguntar, o que pode ser um rio? Cremos que essa pergunta dá dimensão à complexidade dessa entidade e, ao mesmo tempo, a tragédia criminal que impõe a ele ser apenas uma coisa para a metrópole, um indesejável habitante que mal cheira e transborda provocando acidentes durante as cheias.
Ora, mas a revelia da propagação negativa dessa imagem e até não deixa de ser proposital esse discurso, pois ele justifica que esse rio seja “domado”, canalizado e sirva as casa da população como água para se beber, para se banhar, para se lavar e escoar os excrementos civilizatórios, retornando-os à versão deteriorada daquele que já foi seu principal morador.
Marco Scarassatti (SP/MG)
Foto: Marina Jordá Poblet
Natural de Campinas (SP), é artista sonoro, improvisador e compositor, desenvolve pesquisa e construção de esculturas e instalações sonoras, além de gravações de campo. Foi coordenador do curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas, FIEI da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.
É professor e pesquisador na área de Composição Musical da Escola de Música da UFMG e autor do livro Walter Smetak, o alquimista dos sons (editora Perspectiva / SESC, 2008). Em 2013 realizou a instalação sonora RIO, em parceria com o artista plástico Fernando Ancil – exposição Escavar o Futuro, Belo Horizonte.
Foi artista comissionado pela rádio Kunstradio de Viena, para compor a obra Memória do Fogo, em 2015 e também artista comissionado para criar uma instalação sonora para a fachada do teatro Hellerau (Orixás Sonoros, 2016), durante o Festival Tonlagen, 2016. Participou do Festival MaerzMusik (2017), em Berlim, como consultor curatorial e performer na DAAD Art Gallery de Berlim. No final de 2016 foi artista residente no Chile, à convite do CEMLA e programa Ibermúsica.
Em 2017 participou na Documenta 14 (kassel-radio documenta), com as obras Rios enclausuros e Magnum Chaos. É o autor, junto com Julia Gerlach, dos textos presentes no livro / catálogo Inventions of Smetak-The Interfused Kingdoms of the Inventor, Sound Artist and Musician Walter Smetak (1913-84) Idealizou e co-dirigiu, com Luiz Pretti, o Filme-Partitura Anestesia (2021), inspirado na composição gráfica homônima de Walter Smetak, com estreia marcada para 05/08/2021, no festival Memórias na Música, da Akademie Der Kunst, em Berlim.
Artista convidado e comissionado pelo Festival CULTUREESCAPES 2021 Amazonia, a criar a instalação MataBio, durante os meses de agosto à outubro. A instalação foi exposta no Theatre Chur e no Museu Tinguely, em Basel. Participou da 34°Bienal de São Paulo 2021, ao lado de Mbé.
Possui diversos álbuns lançados, entre eles Novelo Elétrico (Creative Sources Recordings, 2014), Rios Enclausuros (Seminal Records, 2015), Amoa hi, com Ernesto Rodrigues, Guilherme Rodrigues e Nuno Torres (CSR, 2016), Casa Acústica, fragmentos de uma improvisação diária (CSR, 2017), Hackearragacocho (QTV, 2018) e Psychogeography: na improvisational derive, com Otomo Yoshihide, Antonio Panda Gianfratti e Paulo Hartmann (Nottwo, 2019), Cuatro Cronicas acerca de la ciudad y la ancestralidade (Buh records, 2019), Crônicas Sonoras de Cabo Verde (La Petite Chambre / Autogenenis, 2019), Mojubá Exu (Sirr-ecords, 2020), Caraguatá / Moxotó, com Thelmo Cristovam (tsss tapes, 2020), Disputa e Guerra no Terreiro de Roça de Casa de Avó, com Marina Cyrino, Matthias Koole e Henrique Iwao (Oem Records, 2020), Zero Out, com Abdul Moimeme (Oem Records, 2021), Diário de Gravação (Seminal Records, 2022), Ni yuxibū xinã rewe, com Ibã Sales Huni Kuin (Sirr-ecords, 2023).
Artista residente e curador das 15ª e 16ª temporadas do projeto QI – Quartas de Improviso, em Belo Horizonte – MG, 2022 e 2023 Compôs a música original para os longa-metragens: Homem-peixe, de Clarisse Alvarenga, 2017; Praia Formosa, de Julia de Silveira, com estreia prevista para 2023, Série para o Canal Brasil, Resíduos, de Marília Rocha, 2023.
Claudia Holanda (PE/RJ)
Foto: Acervo Pessoal
Trajetória interdisciplinar no campo da música, comunicação e arte sonora. Cantora, compositora e jornalista. Claudia é graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Mestra e Doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro/Coppe, com período de doutorado sanduíche – bolsista CAPES – no Sonic Arts Research Centre (SARC) da Queen’s University Belfast, na Irlanda do Norte, onde morou por nove meses.
Trajetória profissional interdisciplinar, com especial interesse nos campos da comunicação, produção cultural, paisagem sonora, música e sociedade, som e tecnologia, tendo apresentado trabalhos práticos e teóricos com regularidade, seja como autora de publicações em períodicos e congressos, ou como integrante de bancas na área da cultura, além da atuação como artista sonora e da música. Como diria Ricardo Basbaum, é um modo de operar do “artista-etc” (2013). Basbaum define o artista-etc como aquele que questiona a natureza e a função do seu papel como artista, de modo que surgem várias categorias: artista-curador, artista-pesquisador, artista-professor, artista-químico, e por aí vai. E como o autor, também amo o artista-etc, “talvez por que me considere um deles” (BASBAUM, 2013, pg. 168).
Tem dois discos lançados: No meio do sol e Vertigem, o mais recente, lançado em 2021, ambos com composições próprias e parcerias.
No campo da arte sonora, apresentou as caminhadas sonoras site specific (Cinema para os Ouvidos e a Cidade ao Redor) no Festival Marco Zero, em Brasíia, e produziu o mapa sonoro da região portuária do Rio de Janeiro Sons do Porto (www.sonsdoporto.com), como parte da pesquisa Escutando a Cidade. A pesquisa ganhou a Chancela Ação Local da prefeitura do Rio de Janeiro em 2015.
Trabalha também como roteirista e editora de som e conteúdo para podcasts, tendo produzido trabalhos para a Radio Novelo e a produtora Delikatessen. Alguns dos podcasts que participou ficaram na lista dos mais ouvidos da Deezer e Spotify, como Foro de Teresina; Novo Normal, 451Mhz e Revoar, em parceria com o LAUT (Centro de Análise do Autoritarismo e Liberdade).
Foi professora visitante dos cursos “Narrativas interativas” e “Música, sonoridades e escuta”, na Universidade Veiga de Almeida. Atua também como analista de projetos culturais, especialmente na linguagem de música, em diversas instituições e editais do país. Claudia também participa do grupo Laço de Fita, que desenvolve um trabalho de pesquisa da música brasileira, especialmente a sonoridade nordestina. Atua como jornalista, editora e criadora de podcasts, com produção textual sobre som, mídias digitais e paisagem sonora.